segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Dia Mundial de Luta Contra a AIDS


Dia Mundial de Luta Contra a AIDS

          O Dia Mundial de Luta Contra a Aids é celebrado nesta segunda-feira (1º). Devido à data, hoje, às 14h, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, apresenta os novos dados do Boletim Epidemiológico HIV-Aids 201. Também será divulgada a campanha publicitária sobre o tema. A ação chama atenção para os 30 anos da luta contra a Aids no Brasil.
          Entre 1980 e junho de 2012, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), foram registrados 656.701 casos de Aids no Brasil, média de 36 mil casos por ano. Em relação aos óbitos, são registrados 11,5 mil por ano. De acordo com o órgão, a epidemia brasileira é concentrada nas populações em situação de vulnerabilidade (homens que fazem sexo com homens -HSH-, travestis, profissionais do sexo e usuários de drogas).
          Atualmente, o Ministério da Saúde estima que 530 mil pessoas vivam com HIV/Aids no país. Dessas, 135 mil não sabem ou nunca fizeram o teste. O teste rápido é a principal estratégia para o acesso ao diagnóstico. Entre 2005 e 2011, o número de testes de HIV distribuídos e pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) dobrou: passou de 3,3 milhões para 6,3 milhões de unidades. Os testes oferecidos são produzidos por laboratórios públicos nacionais. O teste rápido de Aids tem sido o maior investimento do Ministério da Saúde para o acesso ao diagnóstico durante o pré-natal, na atenção básica de saúde. A cobertura de testagem anti-HIV em gestantes (2010/2011) é de 84%. A meta do governo é oferecer o teste para 100% das gestantes até 2015. De 2002 a 2011, O Brasil reduziu em 25% a incidência de Aids em menores de 5 anos.
          Sobre o acompanhamento da doença, no Brasil, 217 mil pessoas têm acesso ao tratamento de forma gratuita. O Brasil fabrica 11 dos 20 medicamentos ARV usados no tratamento do HIV/Aids. Essa área responde por 780 milhões do 1,2 bilhão de recursos destinados ao combate às DST/Aids.
            Em relação à prevenção, desde 2008, o País produz suas próprias camisinhas masculinas (100 milhões por ano) e as distribui gratuitamente.
            Cuide bem de você e de todos os que você ama
           A campanha do Ministério da Saúde não é a única que alerta para o vírus. “Cuide bem de você e de todos os que você ama. Faça o teste de HIV” é o tema deste ano da campanha organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio da Pastoral da Aids, realizada entre 29 de novembro e 1º de dezembro.
          A divulgação está sendo realizada nas celebrações católicas em todo o país. A campanha, que ocorre em 11 mil paróquias e dioceses do Brasil, tem o padre Fábio de Melo como protagonista, inclui cartazes e outros materiais gráficos que mostram as razões para a realização do teste e que serão distribuídos nas igrejas, além de peças para rádio, tv e internet.
 Fonte:
Portal Brasil – Ministério da Saúde:
Site: http://www.brasil.gov.br/saude/2014/12/ministerio-divulga-dados-sobre-aids-no-pais-nesta-segunda-1

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

DVD "Mata Atlântica"



DVD "Mata Atlântica"

            Informamos todas as unidades escolares da Diretoria de Ensino da Região de Osasco, que estamos encaminhando via “Setor de Protocolo” exemplares do DVD “Mata Atlântica”, o referido material está sendo disponibilizado por meio da FDE – Fundação Para o Desenvolvimento da Educação.

            O referido DVD é um documentário que, versando sobre a Mata Atlântica, aborda ampla e profundamente nosso passado, da descoberta, da colonização, dos ciclos econômicos e de nossa primeira troca ambiental.

            Com belíssimas imagens significativas e com depoimentos pertinentes, este documentário de excelente qualidade é uma relevante contribuição aos professores de todas as disciplinas e enseja uma ação multidisciplinar, por ser um importante instrumento de conscientização dos alunos acerca dos nossos problemas ambientais.

            Solicitamos que o material seja divulgado nas ATPC para todos os professores, em especial para os docentes das disciplinas de Geografia, História, Ciências e Biologia.


sexta-feira, 14 de novembro de 2014

“Dia Nacional da Consciência Negra”


“Dia Nacional da Consciência Negra”

No mês do “Dia Nacional da Consciência Negra” pensei em uma homenagem aos homens e mulheres que tanto contribuíram para a cultura brasileira. Para tanto, selecionei alguns vídeos com artistas que iluminam ou iluminaram a cena artística brasileira. Desejo a todos e todas bons momentos em companhia desses artistas tão especiais.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

10º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero


10º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero

 
Informamos que estão abertas as inscrições para o 10º Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero, até o dia 28 de novembro. Trata-se de um concurso de redações, artigos científicos e projetos pedagógicos na área das relações de gênero, mulheres e feminismos. O Prêmio tem como objetivos estimular e fortalecer a reflexão, pesquisas e iniciativas de enfretamento as desigualdades entre homens e mulheres, incluindo suas interseções com as abordagens de classe social, geração, raça, etnia e sexualidade. É promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres/Presidência da República, Ministério da Ciência e Tecnologia, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Ministério da Educação e a ONU Mulheres.

 O prêmio possui categoria voltada para os alunos do Ensino Médio, com o envio de redações, e categoria voltada para Escolas Promotoras da Igualdade de Gênero, com o envio de projetos e ações pedagógicas. Também podem concorrer Mestra(e) e Estudante de Doutorado; Graduada(o), Especialista e Estudante de Mestrado; e Estudante de Graduação. O prêmio é atribuído a essas 5 (cinco) categorias. Estudante do Ensino Médio concorre ao prêmio de Laptop + Impressora + bolsa de estudos e a Escola Promotora da Igualdade de Gênero ao prêmio de R$ 10mil.

Site para inscrições: http://www.igualdadedegenero.cnpq.br/igualdade.html

 

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Gênero e Diversidade Sexual na Escola


Gênero e Diversidade Sexual

na Escola: reconhecer

diferenças e superar

preconceitos

A crescente mobilização de diversos setores sociais em favor do reconhecimento da legitimidade de suas diferenças tem correspondido a uma percepção cada vez mais aguda do papel estratégico da educação para a diversidade. Ela é vista como fator essencial para garantir inclusão, promover igualdade de oportunidades e enfrentar toda sorte de preconceito, discriminação e violência, especialmente no que se refere a questões de gênero e sexualidade.

Essas questões envolvem conceitos fortemente relacionados, tais como gênero, identidade de gênero, sexualidade e orientação sexual, que requerem a adoção de políticas públicas educacionais que, a um só tempo, contemplem suas articulações sem negligenciar suas especifi cidades.

Para isso, é preciso considerar a experiência escolar como fundamental para que tais conceitos se articulem, ao longo de processos em que noções de corpo, gênero e sexualidade, entre outras, são socialmente construídas e introjetadas. Uma experiência que apresenta repercussões na formação identitária de cada indivíduo, incide em todas as suas esferas de atuação social e é indispensável para proporcionar instrumentos para o reconhecimento do outro e a emancipação de ambos.

A escola e, em particular, a sala de aula, é um lugar privilegiado para se promover a cultura de reconhecimento da pluralidade das identidades e dos comportamentos relativos a diferenças. Daí, a importância de se discutir a educação escolar a partir de uma perspectiva crítica e problematizadora, questionar relações de poder, hierarquias sociais opressivas e processos de subalternização ou de exclusão, que as concepções curriculares e as rotinas escolares tendem a preservar (SILVA, 1996, 2000 e 2001).

Da mesma maneira, como espaço de construção de conhecimento e de desenvolvimento do espírito crítico, onde se formam sujeitos, corpos e identidades, a escola torna-se uma referência para o reconhecimento, respeito, acolhimento, diálogo e convívio com a diversidade. Um local de questionamento das relações de poder e de análise dos processos sociais de produção de diferenças e de sua tradução em desigualdades, opressão e sofrimento.

A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (Secad/MEC) entende que, em uma perspectiva inclusiva, políticas educacionais que correlacionam gênero, orientação sexual e sexualidade não devem se restringir à dimensão, de todo modo importante, dos direitos à saúde sexual e reprodutiva.

É preciso ir além e, ao mesmo tempo, partir de outros pressupostos. Dessa forma, ao falar em diversidade sexual, a Secad/MEC procura, antes, situar questões relativas a gênero, orientação sexual e sexualidade no terreno da ética e dos direitos humanos, vistos a partir de uma perspectiva emancipadora. Assim fazendo, evita discursos que, simplesmente, relacionam tais questões a doenças ou a ameaças a uma suposta normalidade. Ao mesmo tempo, afasta tanto posturas naturalizantes quanto atitudes em que o cultural passa a ser acolhido ou recusado de forma simplista e acrítica.

Nesse sentido, vê-se como fundamentais os investimentos em formação inicial e continuada de educadores/as, uma vez que a anteriormente oferecida não contemplava conteúdos que os/as preparasse para esse debate. Tal lacuna difi culta a adoção de uma visão positiva sobre o outro (que passa a ser percebido como diferente, desigual, inferior ou anormal), especialmente em matéria de sexualidade. Da mesma forma a permanente revisão curricular e a produção, difusão e avaliação contínua do material didático não são menos importantes para promover enfoques e conteúdos pedagogicamente mais adequados.

Acesso ao texto completo:

http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/escola_protege/caderno5.pdf

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O MAGNÍFICO AQUÍFERO GUARANI


O MAGNÍFICO AQUÍFERO GUARANI

 Um vídeo de 2004 documentários que sumaria os objetivos e a estrutura do projeto de sistema da área aquífera de Guarani do Banco-OAS do GEF-Mundo.
Acesse o vídeo:
 

 

Meio ambiente e Bacias Hidrográficas

Ação e Meio Ambiente - Bacias Hidrográficas - I

Este episódio do programa Ação e Meio Ambiente leva ao telespectador o conceito de bacia hidrográfica e principalmente a importância de um comitê de bacias hidrográficas. Debate com especialista sobre a situação de stress hídrico, explosão demográfica, importação de água, função dos comitês de bacia. Participação de ambientalista que atua junto ao comitê de Pinheiros Pirapora, formuladora de site colaborativo. O episódio traz, também, uma série de dados, índices e também depoimento de autoridades municipais que discutiram o tema e participaram de capacitação para colaborar no site participativo.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Tratamento nominal de discentes transexuais e travestis.


DOE 19/08/2014 Poder Executivo Secção I – pag. 15

Assunto: Resolução – Tratamento nominal de discentes transexuais e travestis

Educação

GABINETE DO SECRETÁRIO

Resolução SE 45, de 18-8-2014

Dispõe sobre o tratamento nominal de discentes transexuais e travestis, no âmbito da Secretaria da Educação

O Secretário da Educação, à vista do que lhe representou a Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB, e considerando:

os princípios constitucionais que informam os direitos fundamentais dos cidadãos;

a necessidade de se implementarem ações de prevenção contra quaisquer atos atentatórios e discriminatórios dos direitos individuais e coletivos de pessoas homossexuais, bissexuais, travestis ou transexuais, no âmbito das escolas da rede estadual de ensino;

os termos da Lei 10.948, de 5 de novembro de 2001, que dispõe sobre as penalidades a serem aplicadas à prática de discriminação em razão de orientação sexual;

o Decreto 55.839, de 18-05-2010, que institui o Plano Estadual de Enfrentamento à Homofobia e Promoção da Cidadania

- LGBT, e o Decreto 55.588, de 17-03-2010, que dispõe sobre o tratamento nominal das pessoas transexuais e travestis, nos órgãos públicos do Estado de São Paulo; a Deliberação CEE/SP 125/2014, homologada pela Resolução SE de 13.5.2014,

Resolve:

Artigo 1º - As escolas públicas da rede estadual de ensino devem assegurar o respeito aos direitos individuais e coletivos dos alunos, impedindo quaisquer atos atentatórios ou discriminatórios contra transexuais ou travestis, no âmbito de sua atuação.

Artigo 2º - O direito assegurado aos transexuais e travestis à escolha de nome social, nos atos e procedimentos realizados no âmbito das escolas, que deverá ser usual na forma de tratamento e respeitado por toda a comunidade escolar em conformidade com a legislação pertinente e o disposto nesta resolução.

§ 1º O nome social corresponde àquele adotado pela pessoa e conhecido e identificado na comunidade.

§ 2º - Nos documentos discentes, de circulação interna da escola, será incluído o nome social acompanhado do nome civil.

§ 3º - A pessoa interessada, quando maior de 18 (dezoito) anos, ou o responsável, se menor, poderá solicitar, a qualquer tempo, a utilização do nome social, nos termos da presente resolução, mediante o preenchimento e assinatura de requerimento próprio encaminhado ao Diretor de Escola.

§ 4º - Por ocasião de requerimento de uso do nome social, a inserção deverá ser realizada no Sistema de Cadastros de Alunos e demais sistemas corporativos de registro de dados de alunos e constar nos documentos de circulação internos da escola, no prazo máximo de 7 (sete) dias.

§ 5º - O Diretor de Escola, ou servidor por ele indicado, deverá orientar os docentes e demais servidores em exercício na unidade escolar para a observância do tratamento de discentes travestis e transexuais, exclusivamente pelo nome social, dentro do prazo estabelecido no parágrafo 4º.

§ 6º - Nas declarações, no histórico escolar, no certificado de conclusão e no diploma constará somente o nome civil.

Artigo 3º - A escola deverá promover, entre os alunos, responsáveis e funcionários, a divulgação das normas constitucionais e legais que asseguram os direitos da pessoa à inserção e à convivência pacíficas no ambiente escolar, sem constrangimento de qualquer espécie e sem discriminação, respeitada sua identidade de gênero e orientação sexual.

Parágrafo único - Deverão ser promovidas, ainda, ações pedagógicas que visem a desconstruir e a superar preconceitos e a prevenir ações discriminatórias relacionadas às diferenças de gênero.

Artigo 4º - A Coordenadoria de Gestão da Educação Básica - CGEB e a Coordenadoria de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional - CIMA expedirão as instruções que se fizerem necessárias ao cumprimento do disposto nesta resolução.

Artigo 5º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

TEXTOS SOBRE CARTOGRAFIA

TEXTOS SOBRE CARTOGRAFIA
A Cartografia é a área do conhecimento que se preocupa em produzir, analisar e interpretar as diversas formas de se representar a superfície, como os mapas, as plantas, os croquis e outras composições. Ela é abordada tanto como uma ciência como uma expressão de arte, uma vez que também permite a produção de imagens e construções culturais sobre os espaços por ela representados.
Em algumas definições, a cartografia também é entendida como sendo o conjunto de técnicas resultantes da observação direta ou indireta (através do uso de imagens ou aparelhos) para documentar, retratar e representar os espaços natural e geográfico para a produção de cartas, mapas, plantas, maquetes e outros documentos.
Além disso, existem proposições que não consideram a cartografia nem como arte e muito menos como ciência, mas sim como método acadêmico-científico, uma vez que os mapas seriam apenas os meios ou instrumentos para a compreensão da realidade e não uma finalidade em si mesma.
Diferenças conceituais à parte, a produção de mapas e desenhos para a representação do espaço é muito antiga. O mapa mais antigo que se tem notícia data de 2.500a.C., confeccionado na Babilônia sobre uma placa de argila para representar a localização de um rio que, segundo especialistas, trata-se do Eufrates.
De lá pra cá, muita coisa mudou, a tecnologia transformou as ciências e as sociedades e a Cartografia moderna se constituiu com o aprimoramento na medição e relação entre distâncias e medidas. Ao longo do século XVI, a produção de mapa conheceu um de seus maiores saltos qualitativos, quando a demanda por cartas náuticas se elevou em função das expansões ultramarinas europeias, muito recorrentes em uma época que ficou conhecida como o período das Grandes Navegações.
Tempos depois, os avanços tecnológicos relacionados às três revoluções industriais permitiram um aprimoramento das técnicas cartográficas, sobretudo na produção de imagens a partir de fotografias aéreas, procedimento denominado aerofotogrametria. O desenvolvimento dos satélites e do Geoprocessamento foram (e ainda são) fundamentais para o aperfeiçoamento dos mapas e a função de representar o espaço geográfico.
Na presente seção, abordaremos alguns temas referentes ao tema em tela, sobretudo aqueles que dizem respeito ao entendimento dos mapas, haja vista que a sua correta leitura se faz necessária tanto para a Geografia quanto para outras ciências, como a História. Esperamos, com isso, oportunizar um aprendizado sobre temas como os tipos de mapas, os elementos cartográficos, a noção de escala, as representações cartográficas e muitos outros.
Por Rodolfo Alves Pena

Para acessar textos sobre Cartografia acesse:





quinta-feira, 24 de julho de 2014

IDH do Brasil melhora e supera média da América Latina, país é o 79º em ranking mundial.


IDH do Brasil melhora e supera média da América Latina, país é o 79º em ranking mundial.

 O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do Brasil subiu uma posição e superou a média da América Latina e Caribe. Com isso, o país ocupa o 79º lugar no ranking mundial com 187 países. O índice brasileiro é 0,744 -- a média da região é de 0,74 e a média mundial ficou em 0,702.

Os dados foram divulgados em relatório do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) nesta quinta-feira (24) com base em números referentes ao ano de 2013. A escala do IDH vai de 0 a 1 -- quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do país.

Neste ano, houve mudança de metodologia e o Pnud atualizou todos os dados da série histórica, desde 1980. Com base na nova forma de calcular o índice, o IDH do Brasil referente ao ano de 2012 ficou em 0,742, que o colocou em 80º no ranking mundial.

Com o índice divulgado hoje, o Brasil está no grupo de países com desenvolvimento humano alto -- existem ainda faixas para "muito alto", "médio" e "baixo" -- e ocupa a segunda posição na lista dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Com índice de 0,778, a Rússia ocupa a 54ª posição no ranking e, no grupo, a Índia tem o menor IDH, com 0,586, e está no 135º lugar.

Para se ter uma ideia, o IDH mais alto é o da Noruega (0,944) pelo quinto ano consecutivo, e o pior desempenho de desenvolvimento humano é do Níger (0,337). Dois países apresentam o mesmo IDH que o Brasil: Geórgia (país que fica entre a Europa e a Ásia) e por Granada (América Central).

Conforme o documento do Pnud, a expectativa de vida dos brasileiros é de 73,9 anos; a média de escolaridade entre os adultos é de 7,2 anos; a expectativa de tempo de estudo é 15,2 anos; e a renda nacional per capita anual é de US$ 14.275 (cerca de R$ 31.697 com o câmbio atual). 

Muito a ser feito

Para o representante do Pnud no Brasil Jorge Chediek, o Brasil tem apresentado uma melhora "consistente em relação a mudanças estruturais". Entre os itens que contribuíram para esse avanço, ele cita "a renda subindo, o resultado de ações políticas, a restauração da democracia, a estabilidade macroeconômica, a criação do SUS e a luta pela expansão da educação, com a universalização".

Ele observa, porém, que ainda há muito a ser feito no país. "O Brasil é muito desigual ainda, mesmo que a desigualdade tenha sido reduzida nos últimos anos, por causa da criação de empregos."

O relatório deste ano mostra que 38 países subiram no ranking, 35 caíram e 114 mantiveram suas posições. Na região que compreende América Latina e Caribe, houve cinco países que melhoraram seu desempenho; nove pioraram e 19 ficaram na mesma colocação. 

Fonte: Por Bruna Borges e Fernanda Calgaro – UOL Brasília – 24/07/2014 – 02h00

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Férias no MAM 2014
 
Nas férias de julho, o Família MAM promove uma programação especial para crianças, pais e amigos. Participe!
 
03/07 qui 14h30
Construção de pião: arte cinética
 
05/07 sáb 10h às 12h
Feira de troca de brinquedos em frente ao painel d’Osgemeos
 
10/07 qui 14h30
Construção de brinquedos ópticos: arte cinética
 
11/07 sex 10h30
Oficina: música e movimento para bebês com Sandra Bittar
 
12/07 sáb 10 às 12h
Feira de troca de brinquedos em frente ao painel d’Osgemeos
 
15/07 ter 14h30
Construindo brincadeiras com Claudia Diogo
 
16/07 qua 10h30
História que uma pedra me contou – desenho sobre pedras para criação de narrativas
 
17/07 qui 14h30
Contos dançados com Marcella Ravena
 
18/07 sex 10h30
Histórias e brincadeiras cantadas com Mirela Estelles e Sandra Bittar
 
19/07 sáb
10 às 12h :: Feira de troca de brinquedos
15h :: Teatro de marionetes: O circo, com Abraão Gouvea
 
22/07 ter 14h30
Pintura em movimento: arte cinética
 
23/07 qua 10h30
Construção de móbiles: arte cinética
 
24/07 qui 14h30
Oficina: danças sem fronteiras com Fernanda Amaral
 
25/07 sex 10h30
Oficina: teatro de sombras com Maria Silvia
 
26/07 sáb
10 às 12h :: Feira de troca de brinquedos
15h :: Banda Alana
 
29/07 ter 14h30
Que sabor tem esta cor? Percurso lúdico na exposição seguido de experiência poética
 
30/07 qua
10h30 :: Piquenique com esculturas comestíveis
15h30 :: Visita mediada seguida de experiência poética para pais e bebês de até 18 meses
 
31/07 qui 14h30
Oficina: brincar com as palavras – roda de versos inspirados nas exposições em cartaz
 
 
Atividades gratuitas. Vagas limitadas.
Distribuição de senhas com 30 minutos de antecedência.
 
Lei de Incentivo à Cultura
 
Patrocínio
Gerdau
 
Apoio
Proac Programa de ação cultural do Estado de São Paulo
Governo do Estado São Paulo Secretaria de Cultura
 
Realização
Alana
MAM
Ministério da Cultura

terça-feira, 1 de julho de 2014

 
LIVROS VIRTUAIS GRATUÍTOS

              Divulgamos o site para acesso a livros digitais gratuitos de diversos autores, com possibilidade de realização de download, todas as obras apresentam-se no formato PDF.
 
 
 

Exposição dos Mayas na Oca




Exposição dos Mayas na Oca
 A Oca recebe do dia 10 de junho a 24 de agosto a maior exposição sobre a Civilização Mayas já feita no Brasil: Mayas: revelação de um tempo sem fim. São centenas de objetos que ultrapassam o valor estético da arte maia do período pré-hispânico, mostrando o estilos de vida, organização sócio-política, consciência histórica, religiosidade e a cosmovisão desta antiga cultura.
A exposição tem uma seção introdutória com a visão geral da área geográfica, grupos mayas e uma linha do tempo. Já no subsolo, oito eixos temáticos ocupam uma área de 3 mil m², que abordam: O homem frente à natureza; Comunidade e vida cotidiana; O coração das cidades; O homem à frente do tempo e dos astros; As elites governantes e sua historiografia; As forças sagradas; O homem e os deuses: os rituais; ‘Entrar no caminho’: ritos funerários.
 
Informações:
Exposição ‘Mayas: revelação de um tempo sem fim’ (entrada franca)
Data e horário: de terça a domingo, das 9h às 17h (de 10/06 a 24/08)
Local: Oca – Parque do Ibirapuera – São Paulo - SP
 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Bourdieu e a educação

Bourdieu e a educação

Pelo sistema de ensino, as diferenças iniciais de classe são transformadas em desigualdades de destino escolar e em forma específica de dominação

Ana Paula Hey e Afrânio Mendes Catani

A partir dos anos 1960, e durante quase 45 anos, Pierre Bourdieu produziu um conjunto de análises no âmbito da sociologia da educação e da cultura que influenciou decisivamente algumas gerações de intelectuais, obtendo o reconhecimento de pesquisadores, estudantes e ativistas que atuam em várias outras esferas da sociedade. Em “Uma sociologia da produção do mundo cultural e escolar”, introdução a Escritos de educação (1998), que reúne 12 textos do sociólogo francês, Maria A. Nogueira e Afrânio Catani escrevem o seguinte: “Ao mesmo tempo em que colocava novos questionamentos, sua obra fornecia respostas originais, renovando o pensamento sociológico sobre as funções e o funcionamento social dos sistemas de ensino nas sociedades contemporâneas, e sobre as relações que mantêm os diferentes grupos sociais com a escola e com o saber. Conceitos e categorias analíticas por ele construídos constituem hoje moeda corrente da pesquisa educacional, impregnando boa parte das análises brasileiras sobre as condições de produção e de distribuição dos bens culturais e simbólicos, entre os quais se incluem os produtos escolares”.
Bourdieu, em seus escritos, procurou questionar, nas sociedades de classes, temática que persegue muitos intelectuais: a compreensão de como e por que pequenos grupos de indivíduos conseguem se apoderar dos meios de dominação, permitindo nomear e representar a realidade, construindo categorias, classificações e visões de mundo às quais todos os outros são obrigados a se referir. Compreender o mundo, para ele, converte-se em poderoso instrumento de libertação – é esse procedimento que ele realiza, dentre outros domínios, no educacional.
A cultura vem a ser um sistema de significações hierarquizadas, tornando-se um móvel de lutas entre grupos sociais cuja finalidade é a de manter distanciamentos distintivos entre classes sociais. A dominação cultural se expressa na fórmula segundo a qual a cada posição na hierarquia social corresponde uma cultura específica (elitista, média, de massa), caracterizadas respectivamente pela distinção, pela pretensão e pela privação. Definida por gostos e formas de apreciação estética, a cultura é central no processo de dominação; é a imposição da cultura dominante como sendo “a cultura” que faz com que as classes dominadas atribuam sua situação subalterna à sua suposta deficiência cultural, e não à imposição pura e simples. O sistema de ensino desempenha papel de realce na reprodução dessa relação de dominação cultural, funcionando ainda, para Bento Prado Jr., “como chancela de diferenças culturais e lingüísticas já dadas, antes da escolarização, no quadro da socialização primeira, que é necessariamente diferencial, segundo a inscrição das famílias nas diferentes classes sociais. (…) O código lingüístico da burguesia (com seus cacoetes, idiotismos, sua particularidade) será encontrado, pelos futuros notáveis, nas salas de aula, como a linguagem da razão, da cultura, numa palavra, como elemento ou horizonte da Verdade. O particular é arbitrariamente erigido em universal e o ‘capital cultural’ adquirido na esfera doméstica, pelos filhos da burguesia, lhes assegura um privilégio considerável no destino escolar e profissional. No Destino, enfim” (“A Educação depois de 1968”, em Os Descaminhos da Educação, ed. Brasiliense).

A escola como reprodutora da dominação

A função do sistema de ensino é servir de instrumento de legitimação das desigualdades sociais. Longe de ser libertadora, a escola é conservadora e mantém a dominação dos dominantes sobre as classes populares, sendo representada como um instrumento de reforço das desigualdades e como reprodutora cultural, pois há o acesso desigual à cultura segundo a origem de classe.
O filósofo idealista Alain (Émile Chartier, 1868-1951) foi professor durante décadas na Khâgne(classes preparatórias às Escolas Normais nas áreas de letras e filosofia, onde são recrutados os intelectuais de maior prestígio no campo intelectual francês) do Lycée Henri IV (Paris) tendo, dentre centenas de outros alunos, Raymond Aron, Simone Weill e Georges Canguilhem. Em 1932, Alain escrevia em Propos sur l´éducation – Pédagogie enfantine, de maneira apologética, que “se pode perfeitamente dizer que não há pensamento a não ser na escola”.
Bourdieu construirá sua trajetória analítica no domínio da sociologia da educação procurando opor-se a um idealismo como o preconizado por Alain, em que a reflexão é destituída de qualquer fundamento histórico, como na velha tradição francesa. Em artigo de 1966, “A escola conservadora: as desigualdades frente à escola e à cultura”, rompe com as explicações fundadas em aptidões naturais e individuais e critica o mito do “dom”, desvendando as condições sociais e culturais que permitiriam o desenvolvimento desse mito. Desmonta, também, os mecanismos através dos quais o sistema de ensino transforma as diferenças iniciais – resultado da transmissão familiar da herança cultural – em desigualdades de destino escolar. Explora a relação com o saber, em detrimento do saber em si mesmo, mostrando como os estudantes provenientes de famílias desprovidas de capital cultural apresentarão uma relação com as obras da cultura veiculadas pela escola que tende a ser interessada, laboriosa, tensa, esforçada, enquanto para os alunos originários de meios culturalmente privilegiados essa relação está marcada pelo diletantismo, desenvoltura, elegância, facilidade verbal “natural”. Ao avaliar o desempenho dos alunos, a escola leva em conta, conscientemente ou não, esse modo de aquisição e uso do saber.
Segundo Bourdieu, “para que sejam desfavorecidos os mais favorecidos, é necessário e suficiente que a escola ignore, no âmbito dos conteúdos do ensino que transmite, dos métodos e técnicas de transmissão e dos critérios de avaliação, as desigualdades culturais entre as crianças das diferentes classes sociais. Tratando todos os educandos, por mais desiguais que sejam eles de fato, como iguais em direitos e deveres, o sistema escolar é levado a dar sua sanção às desigualdades iniciais diante da cultura”.
Bourdieu constrói seu esquema analítico relativo ao sistema escolar e às relações não explícitas que o ancoram em uma longa trajetória que envolve análises empíricas objetivas, centradas em estatísticas da situação escolar francesa. Já em 1964, em Les étudiants et leurs études (Os estudantes e seus estudos) e Les héritiers. Les étudiants et la culture (Os herdeiros. Os estudantes e a cultura), escritos com Jean-Claude Passeron, examina como os estudantes se relacionam com a estrutura do sistema escolar e como são nele representados, e constata a desigual representação das diferentes classes sociais no sistema superior. Investiga a cultura “legítima”, aquela das classes privilegiadas que é validada nos exames escolares e nos diplomas outorgados, e o ensino, aquele que autentica um corpo de conhecimentos, de saber-fazer e, sobretudo, de saber dizer, que constitui o patrimônio das classes cultivadas.
O fato de desvendar as desigualdades do ensino francês, tanto como sistema como em seu interior, significa uma grande mudança no pressuposto já canonizado – principalmente com Durkheim, que personifica o ideal da Terceira República (1870-1940), conhecida como “A República dos Professores” –, em que a escola deveria fornecer a educação para todos os indivíduos, proporcionando-lhes instrumentos que pudessem garantir sua liberdade, mas, também, sua ascensão social.
Ao afirmar que o sistema escolar institui fronteiras sociais análogas àquelas que separavam a grande nobreza da pequena nobreza, e esta dos simples plebeus, ao instaurar uma ruptura entre os alunos das grandes escolas e os das faculdades (ao analisar o campo universitário francês e o papel das Grandes Écoles), Bourdieu desvela a crueza da desigualdade social e, ao mesmo tempo, como ela é simulada no sistema escolar e entranhada nas estruturas cognitivas dos participantes desse universo – professores, alunos, dirigentes.

Conhecimento e poder

Assim, a instituição escolar é vista como desempenhando uma grande função de produção de diferenças cognitivas, uma vez que ajuda a produzir esquemas de apreciação, percepção e ação do mundo social por via da internalização dos sistemas classificatórios dominantes no mundo social global.
Suas análises da educação, então, passam a pertencer ao campo da sociologia do conhecimento e da sociologia do poder, pois como ele mesmo afirma, longe de ser uma ciência aplicada e adequada somente aos pedagogos, ela se situa na base de uma antropologia geral do poder e da legitimidade, porquanto se detém “nos mecanismos responsáveis pela reprodução das estruturas sociais e pela reprodução das estruturas mentais”.
Para Loïc Wacquant, Bourdieu oferece uma anatomia da produção do novo capital [o cultural] e uma análise dos efeitos sociais de sua circulação nos vários campos envolvidos no trabalho de dominação. Em La noblesse d´État (A nobreza do Estado) comprova e reforça suas teses iniciais sobre o sistema de ensino e a “relação de colisão e colusão, de autonomia e cumplicidade, de distância e de dependência entre poder material e poder simbólico”. Sua sociologia da educação é, antes de tudo, uma “antropologia generativa dos poderes focada na contribuição especial que as formas simbólicas dão à respectiva operação, conversão e naturalização. (…) O interesse de Bourdieu pela escola deriva do papel que ele lhe atribui como garantidor da ordem social contemporânea via magia do Estado que consagra as divisões sociais, inscrevendo-as simultaneamente na objetividade das distribuições materiais e na subjetividade das classificações cognitivas”.
A apropriação do autor no campo educacional brasileiro ocorre de forma mais incisiva no uso de suas noções mais evidentes e, não raramente, desvinculadas de sua epistemologia. É por isso que podemos encontrar os “teóricos” de Bourdieu, os “ativistas” e, de forma menos usual, aqueles que se apropriam de sua “prática epistemológica”. Constata-se a necessidade de re-conhecer o autor, buscando o entendimento da teoria sociológica que embasa suas noções mais conhecidas e também mais banalizadas, assim como o sentido da percepção do mundo social que tal teoria informa. Bourdieu nos ensina que toda prática humana encontra-se imersa em uma ordem social, sobretudo essa categoria específica de práticas inerentes ao mundo acadêmico. Fazer uma sociologia da educação bourdieusiana, analisando o papel do sistema de ensino na consagração das divisões sociais e consolidando um novo modo de dominação, torna-se um desafio até para os acadêmicos mais ousados.

Ana Paula Hey é professora no Programa de Pós-Graduação em Educação da UMESP e autora do livro Esboço de uma sociologia do campo acadêmico: A educação superior no Brasil(EDUFSCar/FAPESP)

Afrânio Mendes Catani é professor na Faculdade de Educação da USP e pesquisador do CNPq. Organizou, com Maria Alice Nogueira, Escritos de educação (Vozes), reunindo ensaios de Pierre Bourdieu.

FONTE: http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/bourdieu-e-a-educacao/ - Extraído em 23/05/2014 – 10h32m.