IDH do
Brasil melhora e supera média da América Latina, país é o 79º em ranking
mundial.
Os dados foram divulgados em relatório do Pnud (Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento) nesta quinta-feira (24) com base em
números referentes ao ano de 2013. A escala do IDH vai de 0 a 1 -- quanto mais
próximo de 1, melhor o desempenho do país.
Neste ano, houve mudança de metodologia e o Pnud atualizou todos
os dados da série histórica, desde 1980. Com base na nova forma de calcular o
índice, o IDH do Brasil referente ao ano de 2012 ficou em 0,742, que o colocou
em 80º no ranking mundial.
Com o índice divulgado hoje, o Brasil está no grupo de países com
desenvolvimento humano alto -- existem ainda faixas para "muito
alto", "médio" e "baixo" -- e ocupa a segunda posição
na lista dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul). Com índice de 0,778, a Rússia ocupa a 54ª posição no ranking e, no grupo,
a Índia tem o menor IDH, com 0,586, e está no 135º lugar.
Para se ter uma ideia, o IDH mais alto é o da Noruega (0,944)
pelo quinto ano consecutivo, e o pior desempenho de desenvolvimento humano é do
Níger (0,337). Dois países apresentam o mesmo IDH que o Brasil: Geórgia (país
que fica entre a Europa e a Ásia) e por Granada (América Central).
Conforme o documento do Pnud, a expectativa de vida dos brasileiros
é de 73,9 anos; a média de escolaridade entre os adultos é de 7,2 anos; a
expectativa de tempo de estudo é 15,2 anos; e a renda nacional per capita anual
é de US$ 14.275 (cerca de R$ 31.697 com o câmbio atual).
Muito a ser feito
Para o representante do Pnud no Brasil Jorge Chediek, o Brasil
tem apresentado uma melhora "consistente em relação a mudanças
estruturais". Entre os itens que contribuíram para esse avanço, ele cita
"a renda subindo, o resultado de ações políticas, a restauração da
democracia, a estabilidade macroeconômica, a criação do SUS e a luta pela
expansão da educação, com a universalização".
Ele observa, porém, que ainda há muito a ser feito no país.
"O Brasil é muito desigual ainda, mesmo que a desigualdade tenha sido
reduzida nos últimos anos, por causa da criação de empregos."
O relatório deste ano mostra que 38 países subiram no ranking, 35
caíram e 114 mantiveram suas posições. Na região que compreende América Latina
e Caribe, houve cinco países que melhoraram seu desempenho; nove pioraram e 19
ficaram na mesma colocação.
Fonte: Por Bruna Borges e Fernanda Calgaro – UOL Brasília – 24/07/2014
– 02h00