“GRITARAM-ME NEGRA”
Victoria Eugenia Santa
Cruz Gamarra (La Victoria, 27 de outubro de 1922 - Lima, 30 de agosto de
2014)[1] foi uma poeta, coreógrafa, folclorista e estilista peruana[2] [3] [4]
. Iniciou a carreira em 1968, integrando o grupo Cumanana, ao lado do irmão
mais novo, o poeta Nicomedes Santa Cruz Gamarra. Com uma bolsa do governo
francês, foi estudar em Paris em 1961. Na capital francesa, criou os figurinos
para montagens de El retablo de don Cristóbal, de Federico García Lorca, e La
rosa de papel, de Ramón María del Valle-Inclán. De volta à terra natal, fundou
a companhia Teatro y Danzas Negras del Perú, que se apresentaria nos Jogos
Olímpicos de 1968, na Cidade do México. Excursionou pelos Estados Unidos em
1969, e depois foi nomeada diretora do Centro de Arte Folclórica de Lima.
Dirigiu o Instituto Nacional de Cultura peruano entre 1973 e 1982. Foi
professora da Universidade Carnegie Mellon.
Seu poema “Me Gritaron
Negra” é uma bandeira na luta contra o racismo. Ele relata aquilo que muitos negros já viveram, e o faz interiorizar uma
autoimagem que nega sua autoestima, Mas, num crescente, a palavra “negra”, que
começa como insulto, se transforma em afirmação valorosa da identidade e da
humanidade negra.